O que acontece em criciúma se repete em muitas cidades.
Em Siderópolis as autoridades competentes tem que estar atentas pois aqui este fato se repete.
Mais que atender a necessidades emergenciais da população de baixa renda, em Criciúma, as casas populares há anos têm mostrado outras potencialidades. É cada vez maior e comum o comércio que existe dentro das comunidades beneficiadas. A negociação é feita de várias formas. A mais comum é a troca. Há também a venda e o aluguel. A reportagem do Jornal A Tribuna foi até o bairro Santo André, onde há três anos foram entregues 30 casas populares. Na rua em que estavam 20 delas, apenas cinco ainda abrigavam as famílias contempladas. Outras estampavam a placa de vende-se, com o telefone para negócios. As moradias que custaram R$ 9 mil através de convênios entre governos e não poderiam ser comercializadas conforme contrato, hoje estão sendo vendidas por até R$ 25 mil.
No telefonema feito pela reportagem para o número anunciado na frente de uma das casas, a proprietária pediu R$ 20 mil pelo imóvel de 33 metros quadrados. Helen (nome fictício) mora no local há nove meses. Ela é a terceira dona. "Quero comprar um apartamento, por isso estou vendendo. Comprei de uma outra pessoa. É casa de Cohab. Está no nome da primeira dona ainda, somente com contrato de compra e venda, porque ali ninguém tem escritura", afirmou.
A prática é comum, segundo um outro morador. "Sou dos poucos que está desde o começo", diz o homem, que prefere não se identificar. De acordo com ele, assim que receberam a casa do município, os beneficiados teriam que pagar 60 prestações de R$ 57. "Mas ninguém paga. As pessoas preferem investir na reforma que pagar." Outra moradora, que estava com a placa "vendo" na janela, pedia R$ 15 mil pelo imóvel. Ela admitiu que comprou a casa de outra pessoa e estava ali há dois anos. Desconfiada, voltou atrás e disse que não queria mais vender. Maristela Muniz da Silva, 45 anos, é a moradora mais recente do local. Há quatro meses, trocou sua casa no bairro Cristo Redentor por uma menor no Santo André para ficar mais próxima da família. "Eu tinha uma casa na Vila Progresso. Lá morei seis anos, mas minha filha mora aqui perto e queria estar mais perto dela também."
Integrante do Conseg e do Conselho de Saúde do bairro São Sebastião, Claudina Merêncio é procurada constantemente por pessoas carentes que necessitam de uma casa. Ela possui uma listagem de 12 pessoas que se inscreveram em programas sociais da prefeitura e esperam há pelo menos quatro anos para serem contempladas. Segundo ela, isso acontece devido ao grande comércio que se tornou a habitação popular. "Vem muita gente de fora e ganha. Eles ganham, vendem e voltam a invadir uma área para ganharem de novo e vender. É tudo para fazer dinheiro, enquanto que tem muita gente no bairro que paga aluguel à espera de uma oportunidade", salientou. Dados exatos da quantidade de casas populares em Criciúma e o percentual de desistência delas a Secretaria de Ação Social e Habitação não possui, mas a secretária Geovânia de Sá afirma ter conhecimento da venda irregular desses imóveis. "Detectamos este problema assim que entramos na secretaria. Elas se cadastram, preenchem os critérios e dois meses depois saem por carro ou moto. Vamos criar critérios para coibir esta prática, mas antes precisamos montar a equipe para trabalhar nisso, porque fiscalização existe, não existe é política para coibir", destacou.
Em Siderópolis as autoridades competentes tem que estar atentas pois aqui este fato se repete.
Mais que atender a necessidades emergenciais da população de baixa renda, em Criciúma, as casas populares há anos têm mostrado outras potencialidades. É cada vez maior e comum o comércio que existe dentro das comunidades beneficiadas. A negociação é feita de várias formas. A mais comum é a troca. Há também a venda e o aluguel. A reportagem do Jornal A Tribuna foi até o bairro Santo André, onde há três anos foram entregues 30 casas populares. Na rua em que estavam 20 delas, apenas cinco ainda abrigavam as famílias contempladas. Outras estampavam a placa de vende-se, com o telefone para negócios. As moradias que custaram R$ 9 mil através de convênios entre governos e não poderiam ser comercializadas conforme contrato, hoje estão sendo vendidas por até R$ 25 mil.
No telefonema feito pela reportagem para o número anunciado na frente de uma das casas, a proprietária pediu R$ 20 mil pelo imóvel de 33 metros quadrados. Helen (nome fictício) mora no local há nove meses. Ela é a terceira dona. "Quero comprar um apartamento, por isso estou vendendo. Comprei de uma outra pessoa. É casa de Cohab. Está no nome da primeira dona ainda, somente com contrato de compra e venda, porque ali ninguém tem escritura", afirmou.
A prática é comum, segundo um outro morador. "Sou dos poucos que está desde o começo", diz o homem, que prefere não se identificar. De acordo com ele, assim que receberam a casa do município, os beneficiados teriam que pagar 60 prestações de R$ 57. "Mas ninguém paga. As pessoas preferem investir na reforma que pagar." Outra moradora, que estava com a placa "vendo" na janela, pedia R$ 15 mil pelo imóvel. Ela admitiu que comprou a casa de outra pessoa e estava ali há dois anos. Desconfiada, voltou atrás e disse que não queria mais vender. Maristela Muniz da Silva, 45 anos, é a moradora mais recente do local. Há quatro meses, trocou sua casa no bairro Cristo Redentor por uma menor no Santo André para ficar mais próxima da família. "Eu tinha uma casa na Vila Progresso. Lá morei seis anos, mas minha filha mora aqui perto e queria estar mais perto dela também."
Integrante do Conseg e do Conselho de Saúde do bairro São Sebastião, Claudina Merêncio é procurada constantemente por pessoas carentes que necessitam de uma casa. Ela possui uma listagem de 12 pessoas que se inscreveram em programas sociais da prefeitura e esperam há pelo menos quatro anos para serem contempladas. Segundo ela, isso acontece devido ao grande comércio que se tornou a habitação popular. "Vem muita gente de fora e ganha. Eles ganham, vendem e voltam a invadir uma área para ganharem de novo e vender. É tudo para fazer dinheiro, enquanto que tem muita gente no bairro que paga aluguel à espera de uma oportunidade", salientou. Dados exatos da quantidade de casas populares em Criciúma e o percentual de desistência delas a Secretaria de Ação Social e Habitação não possui, mas a secretária Geovânia de Sá afirma ter conhecimento da venda irregular desses imóveis. "Detectamos este problema assim que entramos na secretaria. Elas se cadastram, preenchem os critérios e dois meses depois saem por carro ou moto. Vamos criar critérios para coibir esta prática, mas antes precisamos montar a equipe para trabalhar nisso, porque fiscalização existe, não existe é política para coibir", destacou.
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