Residir em meio à vegetação, permeada de córrego e animais. Ambiente poderia ser agradável, na fossem as condições acumuladas na localidade conhecida com, Beira Rio, em Sideróplis, onde a mata se perde se perde em meio a lixo e o canal do Rio Albina transborda esgoto d município. “Tem dia que não da vontade de comer com esse cheiro forte”, comenta a moradora Maria de Lurdes de Oliveira Marques. Há sete anos na moradia irregular, ela tem a insegurança cm companheira constante. “Com qualquer chuva de verão, a água sobe e trás todo lixo para perto das residências. As pessoas sabem que aqui existem famílias, mas jogam tudo que na presta, inclusive animais mortos”, completa. Sua preocupação se estende também a mesa, pelas dificuldades recorrentes. “A dispensa está praticamente vazia. Suma cesta básica seria de muita ajuda”, diz. A aposentada por invalidez, assim cm outros moradores locais, foram contemplados com lotes residenciais. N entanto, a falta de recursos impede a remoção da área de risco. “não temos como construir outra casa. Que vou fazer se sou pobre?”, questiona. Drama é o mesmo para a família de Eloíse Coelho, que divide a residência com outras quatro pessoas. “O que mais queria era qualidade de vida, mas isso nosso dinheiro na compra”, salienta. Alem da eminência de acidentes cm crianças, ela teme a contaminação da família. “A água já chegou até a porta. E quando na chove o mau cheiro é problema, afirma. A moradia também é empecilho de Valmor Cabral Costa, que, o contrário das demais moradores, não foi contemplado com os lotes, por na ser proprietário inicial da residência. “Estamos tentando, batalham, mas na sei mais que fazer, diz. Único vestígio de espírito natalino esta na casa de Elisa, que estendeu popular pisca-pisca entre os varais de roupa. “È só para dizer que é natal, porque não temos motivos para festejar”, lamenta.
A secretaria de assistência social, Sirlene Marlene Estevão Rodrigues, afirma que a localidade representa a principal precariedade do município, mas que medidas já estão sendo aplicadas. “Estamos realizando visitas e relatórios sobre as condições dos moradores. Trabalhando dentro do possível, e no momento não podemos contribuir com as construções de quem já conseguiu lote”, ressalta. Ela destaca que as famílias também tem sido beneficiadas com projeto de construção e reforma, apesar de interrompido temporariamente. “Os carentes estão tendo o atendimento que merecem”, considera. A cidade contabiliza 300 cadastros para visitas dentre os programas. Conforme a secretaria, a inadimplência e desacordo têm provocado impasses nos tramites habitacionais. “Alguns acabam acumulando dividas e não conseguem a aprvação da caixa. E infelizmente algumas pessoas conseguem e acabem vendendo irregularmente”, menciona. Na próxima segunda-feira, 12, as condições habitacionais n município, assim cm trabalho estará em pauta na câmara de vereadores. Sirlene destaca que a administração conta com ações de controle a pobreza, como a “Qualificação para o futuro”, que dissemina a profissionalização nas comunidades.
Fonte: Jornal Diário de Notícias - DN
Texto: Daniela Soares
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