Túmulos em meio a um matagal de quase um metro de altura. Acúmulo de entulhos próximo aos jazigos. Um cenário de pleno abandono. Esta é a realidade do cemitério do bairro Rio Fiorita, em Siderópolis.
Em muitos pontos, familiares de mortos enterrados no cemitério não conseguem ter acesso aos túmulos. O mato alto impossibilita a passagem ao local. Moradora próxima ao cemitério, a dona-de-casa Francisca da Silva Machado conta que, no último final de semana, tentou acender velas em jazigos de amigos e não conseguiu. O matagal inviabilizou que ela chegasse aos jazigos. "Os funcionários da Secretaria de Obras só limpam quando alguém vem ser enterrado aqui. Há poucos dias, uma pessoa faleceu e eles estiveram no cemitério e limparam apenas a parte da frente onde estava a capela do defunto", diz a dona-de-casa.
Chuvas atrapalharam
limpeza do local
Além do mato, árvores que ficam do lado de fora começam a invadir o terreno do cemitério. Um dos muros que divide os fundos do terreno já está coberto pelo mato e os galhos de árvores. Quase não mais se pode observá-lo. "Passa prefeito e ninguém toma providência com relação à situação do cemitério. Com a falta de manutenção é constante o mau cheiro que vem de lá. Pedimos que este cemitério fosse retirado daqui. A sua localização já é inviável", fala o funcionário público José Matias, que reside em frente ao cemitério.
O secretário de Obras e Agricultura, Antônio Carlos Pasquali, explica que há uma semana teve início uma limpeza no local, mas devido às constantes chuvas, os trabalhos tiveram que ser suspensos. "O serviço de limpeza reinicia-se na próxima semana. As chuvas atrapalharam o andamento da limpeza, além do pequeno número de funcionários com que atualmente a secretaria conta". A administração municipal tenta regularizar a situação do cemitério. Desde que ele foi construído, há muitos anos, o terreno permanece irregular, sem documentação. Um projeto de Lei deve ser encaminhado à Câmara de Vereadores para regularizar o problema e padronizar o cemitério.
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