Vereadores de Siderópolis fizeram, na sessão de ontem, moção de apoio ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina – SINTE, auxiliando os professores da rede estadual de ensino que estão em greve pelo não cumprimento da decisão do Supremo Tribunal Federal – STF, quanto ao piso nacional do magistério.
A principal questão colocada pelos vereadores é que governo não está pagando os professores conforme o que foi definido pela justiça. “Se fosse uma decisão judicial contra qualquer um de nós, teríamos que cumprir imediatamente e penso que com o Estado não pode ser diferente”, ressaltou o presidente do Poder Legislativo, Maicon Aléssio (PMDB).
Para os parlamentares, os professores estão certíssimos e precisam continuar reivindicando seus direitos. “Todos passam pelos bancos de escola e é preciso aprender a valorizar os profissionais de educação”, enfatizou a vereadora Jucélia Scaini (PMDB). Valdemir Carminatti (PP), também apoiou os professores a permanecerem firmes, lutando pelos objetivos.
Em discurso durante sessão, a supervisora da Escola de Educação Básica José do Patrocínio, Adriana Feltrin Zanelatto, enfatizou que a situação entre professores e governo é igual a de pais e filhos. “Os pais amam os filhos, querem o bem, mas às vezes não percebem o que eles precisam. O filho precisa pedir: ‘estou precisando de um tênis, uma camisa...’ Este é o momento de estarmos pedindo, como filhos, ao governador”, comparou.
Foto: Professores relatam, na Câmara de Vereadores, situação da categoria
Vanessa Nórdio
Assessoria de Imprensa da Câmara de Vereadores de Siderópolis
Greve do magistério continua!
A assembleia estadual dos trabalhadores em Educação do Estado de Santa Catarina, realizada no dia 9 de junho, reuniu cerca de 15 mil profissionais da Educação na Passarela de Samba Nêgo Quirido, em Florianópolis.
A assembleia estadual referendou o encaminhamento das assembleias regionais, realizadas na vésperas, de manutenção da greve até que o Governo do Estado aplique a lei do Piso, respeitando a tabela salarial da categoria. Foi unânime a decisão pela continuidade da paralisação -a unanimidade pelo manutenção do movimento também foi verificado nas regionais.
A categoria tem o apoio de toda a comunidade escolar – alunos e pais– e pela população catarinense como um todo.
A lei garante avanços salariais à categoria, com a manutenção do Plano de Cargos e Salários. O Governo Colombo, no entanto, faz uma interpretação equivocada da lei, alegando falta de recursos.
Como já informamos, a lei é de 2008! Por que o Governo de Santa Catarina já não se organizou para garantir recursos para a implantação do Piso? A posição do Governo deixa claro a falta de compromisso dos governantes catarinenses com a educação pública, gratuita e de qualidade. Há total descaso com a valorização salarial do trabalhador em Educação, descaso com a escola pública -sucateada, precarizada e sem infra-estrutura adequada que garanta a segurança e o bom desempenho escolar dos alunos matriculados na rede estadual.
Nós, do magistério, defendemos uma pauta que garanta a valorização do profissional e a escola pública de qualidade.
O SINTE/SC reforça a necessidade da categoria continuar participando massivamente das assembleias regionais e dos comandos de mobilização em todo o estado.
AUDIÊNCIA– A audiência de sexta-feira 10 com o secretário-adjunto da SED, Eduardo Deschamps não teve avanço. Sem apresentar resposta por escrito à proposta oferecida pelo SINTE/SC para que o Governo aplique o Piso sem retirar direitos da categoria, a SED repetiu a falta de fôlego financeiro do Estado para pagar um salário digno aos trabalhadores em Educação.
O SINTE/SC, desde o início, vem apontando fontes que poderiam ser utilizadas pelo Governo para garantir a aplicação da Lei do Piso, sem retirar gratificações históricas conquistadas pelo magistério. No entanto, o encaminhamento apontado pelo SINTE/SC esbarra, como sempre, na falta de vontade política do Governo catarinense.
O SINTE/SC reivindica que o Governo reveja a distribuição dos recursos do FUNDEB; conforme registrado na sessão do Tribunal de Contas que analisou as contas do Governo, houve pontos que revelaram o emprego do dinheiro que deveria ir para a Educação está tendo outros fins. O presidente da ALESC, Gelson Merísio/PSD, já havia feito o alerta. ALESC, Tribunal de Contas, Tribunal de Justiça e Ministério Público que estariam se beneficiando dos recursos do FUNDEB.
Durante a audiência, a SED anunciou o fechamento das negociações com o Comando e decretou que prevaleceria a Medida Provisória 188/2011, que tramita na ALESC.
No entanto, o SINTE/SC conseguiu garantir uma nova audiência para ainda esta semana a fim de tentar, mais uma vez, conscientizar o Governo de que lei é lei e que o magistério quer a carreira no Piso. Não é admissível, tirar do que ganha um professor para pagar ele mesmo. Ou seja, não vamos aceitar trocar 6 por meia dúzia.
O calendário de atividades para o movimento de paralisação prevê o envolvimento de todos os trabalhadores em Educação na campanha “Doação de Sangue em Solidariedade à Saúde” marcada para esta 3ª feira, 14. Onde houver centros de captação de sangue fazer a doação; em locais que não contam com estes centros, o magistério deve fazer panfletagem informando sobre a campanha e sobre os motivos da greve.
Na terça-feira, também, o comando estadual de greve vai até à ALESC entregar carta aos deputados estaduais reivindicando apoio à greve do magistério.
Na quarta-feira, é a vez das assembleia regionais para mobilizar a categoria e intensificar ainda mais a nossa luta.
Grande número de trabalhadores está paralisado e mais de 92% das escolas da rede paradas.
É carreira no Piso!
A greve continua!
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