Nasceu em Orleans em 25 de julho de 1921, filho de Francisco Tomas da Silva e Matilde Campos da Silva.
Casou-se em Urussanga com Nilda Motta da Silva (natural de Orleans), no dia 15 de fevereiro de 1946, desta união tiveram 13 filhos: Sebastião, Francisco, Antonio, Elisia, Matilde, Marlene, João, Paulo, Fátima, Pedro, Dimas Ademir e Meri; 18 netos e 7 bisnetos.
Começou a trabalhar na mineração na Cia Gaucha, Cia Lage, CBCA, Minerasil, quando em 1953 fez seu fichamento na CSN trabalhando como mineiro.
Seu José conta que a retirada do banco do carvão era manual, pois a camada superior era retirada por maquinas: Drag-Line e Shovel, mais tarde teria a cinquentinha e o gafanhoto, máquinas essas que vieram fazer o carregamento do carvão nos caminhões, pois antes este carregamento era feito manualmente pelos operários.
No inicio os operários da CSN eram pagos pelo que produziam (1954), cada mineiro ganhavam cinco cruzeiros para encher um caminhão, sendo que o ganho total da carga era 25 cruzeiros (cinco homens para encher um caminhão).
A média de tempo para se encher um caminhão de 10 toneladas de carvão era de 30minutos, mais no caso de seu Zé, cujo apelido vem daí, quando a turma escolhida fosse: José Tomas, Nilo Flor, Germano Pedro, Pacanhão e João Rodrigues, o carregamento do caminhão chegava há 17 minutos, um trabalho que exigia muito esforço físico, por isso uma alimentação de qualidade: um ótimo café da manha, almoço, café da tarde e janta. Já em 1957 a mineração começou a ser mecanizado, onde o operário começou a ganhar um ordenado mensal e não mais pelo que produzia.
Com a chegada da Marion em 1960 aumentou a produção, o trabalho braçal ficou favorável, pois não exigia tanto esforço físico.
Na época das minas ao céu aberto onde chovia muito a produção podia ser interrompida, pois a água acumulada no campo de produção atrapalhava, necessitando de varias bombas para a retirada da água acumulada, que muitas vezes não dava conta.
Seu Zé conta que a retirada do carvão podia diminuir, quando era feito reparos na Marion.
Torcedor do Itaúna se lembra dos grandes títulos conquistados pela equipe, onde CSN dava total apoio.
Aposentou-se em 22 de dezembro de 1982, trabalhando por 27 anos na CSN, lembra que não faltou nenhum dia de trabalho, recebendo cinco prêmios, pois a cada cinco anos a CSN premiava os trabalhadores sem falta no trabalho, o premio era: os primeiros cinco anos (dois meses de salário), 10 anos (três meses de salário e medalha de ouro), 15 anos (dois meses de salário) 20 anos (dois meses de salário) e 25 anos (dois meses de salário e medalha de prata). Hoje se dedica a cuidar de sua horta e animais como: Gado e Suinos, que é o seu passatempo, onde faz com muita alegria.
“Fomos sempre uma equipe de muita amizade na CSN, hoje quando nos encontramos é uma alegria conversar e rever os amigos.”
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