quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Uma hidrelétrica no Rio São Bento?


Karina Farias
Da Redação

Em época de apagão nacional, Siderópolis discute a possibilidade de aproveitar a estrutura da Barragem do Rio São Bento para geração de energia. Foi apresentada na última sessão da Câmara de Vereadores uma indicação para a elaboração de um estudo detalhado sobre a viabilidade de instalação de uma hidrelétrica no local. Autor da proposta, o presidente Luiz Salvaro alega que um recurso natural como o existente no município deve ser aproveitado de todas as formas. "A prefeitura pode fazer um levantamento para ver se é mesmo possível, e a gente sabe que é, depois nos unimos e vamos em busca de recursos no Governo Federal", afirma o vereador.



A indicação de Salvaro foi votada na Câmara de Vereadores e aprovada por unanimidade. Segundo ele, os parlamentares aceitaram a proposta. "Além de todos serem favoráveis, eles elogiaram a ideia. Nosso município é rico nos recursos naturais e não podemos desperdiçar isso", comenta o presidente do Legislativo. Salvaro lembra ainda que a geração de energia com a água da barragem não vai causar danos ao meio ambiente. "Seria uma forma de, inclusive, contribuir com o meio ambiente. Energia elétrica sem poluição", ressalta.





Estatal vê



viabilidade





O superintendente regional da Casan, Vilmar Tadeu Bonetti, explica que a estatal possui estudos a respeito do assunto. Conforme Bonetti, já existe lei que permite à Casan gerar energia elétrica. O entrave, segundo ele, seria em relação à vazão dos rios que abastecem a barragem. "Para gerar energia precisaria de muito mais água do que têm atualmente os rios da barragem. Hoje no local é trabalhado com acúmulo de água. Para uma hidrelétrica precisaria de mais volume. Então, a gente vê viabilidade, mas para pouca produção de energia", enfatiza.



Na avaliação do superintendente, caso os estudos aprovem a instalação de turbinas na Barragem do Rio São Bento, o abastecimento de energia seria para abater no consumo da própria Casan. "Por não ser o volume suficiente, a intenção seria produzir energia para a Celesc, que abateria o consumo mensal da Casan. Isso representaria uma economia de cerca de R$ 100 mil. Agora, para produção em grande escala, abastecimento de cidade, não tem como", informa Bonetti.



Em relação aos investimentos, Vilmar Bonetti ainda não estima valores. No entanto, explica que para instalação de algumas turbinas, a Casan teria condições.


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