sábado, 6 de agosto de 2011

A ocupação pelo imigrante italiano da localidade de Rio Fiorita



Ronaldo David
literatura.bellunord@bol.com.br


Após atravessarem o Oceano Atlântico em viagerns de  em média trinta dias, de navio até o Rio Janeiro, e depois até Desterro (a atual Florianópolis) e depois até Laguna, e enfrentarem diversos meios de transporte até chegarem à Colônia de Nova Veneza, em várias levas, entre 18 de julho de 1891 e dezembro de 1897, várias famílias de imigrantes italianos chegaram à região sul catarinense, trazidos pela Companhia Colonizadora Metropolitana, adquirindo lotes na Seção Rio Fiorita, que pertencia ao Núcleo Nova Belluno, uma das subdivisões com uma centena de lotes disponibilizada aos colonos.
Por ordem de chegada à Seção denominada de Rio Fiorita em homenagem ao antigo proprietário da Colônia, o italiano Angelo Fiorita, coloca-se aqui os chefes de famílias que tornaram a localidade uma realidade, a partir do desbravamento de um grande território, e ocupação da área, com seu trabalho, e que agora é resgatado historicamente.
São eles:
Constantino Scariot, Pietro Feltrin 1º, Cristoforo Nozza, Giovanni Gamba 1º, Alessandro Gamba, Angelo Gamba (filho de Giovanni), Giuseppe Gamba (todos estes membros da família Gamba eram parentes entre si), Carlo Valdati, Camillo Ollievi, Giuseppe Veronesi, Serafino Rampinelli, Giuseppe Beretta, Antonio Veronesi, Francesco Ghisleri, Tomaso Crepaldi, Giovanni Ferrari 1º, Luigi Bettili, Antonio Isè,Luigi Dal Moro, Battista Savergnini, Mauro Viola, Santino Perico, Luigi Consonini, Gaetano Zucchinali, Antonio Zucchinali, Francesco Innocenti, Antonio Ambrosini, Martino Beltramelli, Carlo Lodetti, Lorenzo Leone, Luigi Bortoletti, Natale Manini, Ernesto Bonazza, Francesco Bonazza (irmão de Ernesto),  Pietro Bonazza (parente de Ernesto e Francesco), Luigi Rossi, Giuseppe Ronconi, Augusto Ronconi (filho de Giuseppe), Giovanni Martinelli, Achile Scaini, Cesare Niada, Benedetto Amoroso, Giuseppe Appiani, Donato Galli, Natale Martinelli, Giovanni Albonico,  Giacomo Ronsoni, Giuseppe De Lorenzi, Carlo Agazzi, Giuseppe Di Giorgi, Giuseppe Ubiali, Giacomo Daleffe, Giovanni Brollini, Serafino Signorelli, Carlo Signorelli (irmão de Serafino), Luigi Brembati, Leopoldo Sala, Giacomo Terzi, Pietro Carminati, Guiseppe Conti, Davide Conti (pai de Giuseppe), Battista Giuliani, Settimo Venturini, Luigi Brignoli, Celeste Agnelli, Francesco Anelli, Giovanni Battista Consonni, Lorenzo Burigo, Rafaele Novelli, Lodovico Bonazza (parente dos anteriores Bonazza, chegando à colônia meses depois),  Giuseppe Rossi, Angelo Rossi (eram primos), Antonio Rossa, Giulio Mazzorana, Giovanni Da Boit, Angelo Dal Pont, Giacomo Feltrin, Isaia Peterle, Francesco Olivari, Giacomo Olivari (eram irmãos), Francesco Terzi, Giovanni Pattel, Frana Carminati, Francesco De Bona, Arcangelo Patel (grafia diferente da de Giovanni) e Francesco Carminati.
Muitas destas famílias venderam seus lotes, vários de forma autoritária e abaixo do valor devido, à Companhia Siderúrgica Nacional – CSN, entre 1941 e 1944, indo residir na sede do Distrito de Nova Belluno ou Criciúma e Urussanga, ou ainda à localidade de Treviso, e em alguns casos tornando-se também pioneiros, mudando de Estado, indo para o oeste do Paraná.
Há vários sobrenomes conhecidos no presente, tanto na localidade de Rio Fiorita como na sede do município de Siderópolis, nome oriundo do Distrito designado em 1943, e que substituiu o antigo nome de Nova Belluno, que havia sido batizado, como todos os outros, pelo engenheiro Federico Antonio Selva (foto), contratado pelo diretor da Colônia, Michele Nápoli, e que mediu o território e definiu os lotes e nomes das áreas entre novembro de 1890 e abril de 1891, em um trabalho memorável pela sua complexidade e dificuldades encontradas, e que o topógrado desempenhou exemplarmente, colocando então nomes como Belvedere, Nova Veneza, Nova Belluno, Rio Fiorita, Seção Estrada para Urussanga, Treviso e São Bento, além de outras.
Desta forma, quando os imigrantes chegaram, todos os nomes das localidades que se formariam já estavam definidos, com grandes galpões que os esperavam, e para que pudessem ser informados das localizações de seus lotes pelos administrados designados pela Companhia Colonizadora Metropolitana.
Assim começou a história de Rio Fiorita.

1 - LIVRO - FEDERICO ANTONIO SELVA - TOPOGRAFO QUE FEZ AS DIVERSAS SECOES DA COLONIZADORA METROPOLITANA, INCLUSIVE RIO FIORITA EM 1890

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